Trevisol-Bittencourt, PC;
Becker, N;
Pozzi, CM;
Sander, JW;
(1990)
Epilepsia em um hospital psiquiátrico./ Epilepsy at a psychiatric hospital.
Arquivos de neuro-psiquiatria
, 48
(3)
261 - 269.
10.1590/S0004-282X1990000300001.
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Abstract
Epilepsy was surveyed in the largest psychiatric hospital in the Santa Catarina State, southern Brazil. This establishment was designed for one thousand long-term beds but at the time of the survey there were 1126 inpatients. Diagnosis ranged from anxiety neurosis to schizophrenia although patients with epilepsy, with or without psychiatric symptoms were also admitted. The following aspects were analyzed: prevalence of epilepsy, seizure types, antiepileptic drug treatment and psychiatric diagnosis. 171 patients with epilepsy were identified (prevalence 152/1000), generalized tonic clonic attacks were the commonest seizure type and polytherapy was the standard treatment. In at least 85 of the epileptic patients there was no reason for prolonged institutionalization in a psychiatric environment. Moreover, most of the sample were prescribed large amounts of sedative drugs. A multidisciplinary approach and outpatients services are urgently required to improve the prognosis and well-being of patients with epilepsy who are referred to psychiatric care. Um recenseamento de epilepsia foi realizado no Hospital Colônia Sant'Ana, a maior instituição psiquiátrica do Estado de Santa Catarina. Este estabelecimento é mantido pela Secretaria de Saúde do Estado e usualmente encontra-se em regime de superlotação, aceitando pacientes sofredores dos mais diferentes tipos de transtornos mentais e provenientes de todas as partes do Estado. Pacientes com epilepsia, apresentando ou não manifestações psiquiátricas, são também freqüentemente internados. Foram identificados 171 pacientes com epilepsia de um total de 1126 internados, dando a alta prevalência de 152/1000. Além destes foram encontrados mais 23 pacientes «disrítmicos cerebrais» em uso de drogas anti-epilépticas sem, entretanto, terem epilepsia. Polifarmácia sedante era o esquema terapêutico adotado na maioria dos pacientes e nomenclatura bizarra era utilizada para definição das crises. Ao menos 85 dos pacientes com epilepsia não apresentavam qualquer justificativa médica para seu confinamento em ambiente psiquiátrico. A utilização exagerada de medicação sedante e a convivência forçada com psicóticos poderiam ser responsabilizadas não só pela persistência das crises mas, também, pelas alterações cognitivas e comportamentais observadas em grande parte dos pacientes. Paradoxal e surrealmente tais «alterações psiquiátricas» justificavam a perpetuação desta pseudoterapia que, ao invés de integrar o paciente na sociedade, o isola em estruturas fechadas. A criação de ambulatórios para abordagem multidisciplinar parece ser a única alternativa frente a essas concepções equivocadas que transformam o geralmente benigno sintoma epilepsia em devastadora doença mental.
Type: | Article |
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Title: | Epilepsia em um hospital psiquiátrico./ Epilepsy at a psychiatric hospital. |
Open access status: | An open access version is available from UCL Discovery |
DOI: | 10.1590/S0004-282X1990000300001 |
Publisher version: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstrac... |
Language: | Portuguese |
Additional information: | Article in Portuguese. Original title: Epilepsia em um hospital psiquiatrico. All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License. |
URI: | https://discovery.ucl.ac.uk/id/eprint/81157 |
Archive Staff Only
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